Se acamaram os gussanos que comem minha alma, mas seu veneno corre em minhas veias tal e qual urubus em torno de carniça.
Tenho nojo da humanidade, de sua hipocrisia e mentiras, de suas palavras vãs, que ferem o meu coração, me atormentando com falsas promessas, me iludindo.
Olho ao meu redor e sinto ânsias de vomitar.
Seu cheiro é fétido, abro meus olhos e vejo a todos como zumbis, aliás para mim... são todos morto-vivos.
Há momentos em que vejo os gussanos que saem de cada pessoa. Algumas pessoas quando falam, parece que estão defecando, de outras saem cobras e lagartos.
As cores são preto e branco, o único colorido vem dos gussanos gordos e vermelhos, alimentados com o nosso sangue.
A morte me ronda, como um cão atrás de seu senhor, ela me quer tanto quanto um homem deseja uma mulher; me persegue como um predador em busca da presa, mas eu estou fugindo, entretanto... qual o sentido da vida?
Um jogo de luz e sombra, numa fotografia em preto e branco com leves toques de sépia, como uma pequena ilusão de uma vida melhor, um sonho que se desvanece.
Então... por que a queremos tanto?
Por que lutamos por ela com garras e dentes?
Por que nos apegamos tanto a ela?
O que ela é? Tudo ou nada? Ilusão ou realidade?
Apenas pense por um instante... qual é a importância da vida?
Um comentário:
Se esta refexão é mesmo o que estás a sentir, então aconselho-te a que procures ajuda especializada, para te ajudar a te encontrares e encontrares o teu caminho. Não é normal que uma miuda da tua idade esteja a sofrer dessa maneira e veja o mundo tão negro. Esse mundo que estás e inventar dentro de ti não existe, não alimentes essa energia negativa que estás a produzir, porque vais destruir a tua vida. O que quer que seja que te está a magoar e a atormentar, não pode ser nada tão grave que não possa ser resolvido, se não conseguires sozinha pede ajuda.
A vida é linda e o mundo tem tanta coisa positiva para te dar, só tens que apender a lidar com os teus problemas. Por favor pensa bem nisto e se quizeres falar sabes como me contactar.
Beijo grande.
Anita B.
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